A MÚMIA QUE GRITA

(fonte: Grupo MK-ultra)

A agonia e dor que permanecem no rosto de um corpo embalsamado de mais de 3 mil anos. Essa múmia que foge dos padrões rígidos de embalsamento dos egípcios antigos, ficou conhecido como "a múmia que grita" e por muitos anos, permaneceu o mistério por trás de tanta dor e desonra que a perseguiu mesmo após a morte.

Encontrada em 1886 em um sarcófago sem identificação, Unknown Man, como foi chamado, estava com os pés e as mãos atados e fora envolto em pele de carneiro, algo considerado sujo e impuro pelos egípcios. Por anos se acreditou que o homem foi enterrado ainda vivo e todos esses fatores intrigaram cientistas e arqueólogos, pois para receber tais castigos, o homem desconhecido devia ter cometido um crime muito grave.

Muitos arqueólogos, historiadores e cientistas acreditavam que ela pudesse estar relacionada a uma conspiração de assassinato do faraó Ramsés III, tendo recebido a sentença de morte e o maior castigo: morrer sem identificação. Esse tipo de castigo era particularmente gravoso e desonroso aos olhos da sociedade egípcia.

Desde sua descoberta, muitos especulam a identidade do Unknown man E. O próprio Gaston Maspero, arqueólogo, forneceu sua teoria, em que o homem sem identificação era, na verdade, o príncipe Pentewere, filho de Ramsés III, envolvido diretamente em uma conspiração contra seu pai. Entretanto, essa teoria foi fornecida no século XIX, quando ainda não existiam testes de identificação de parentesco por meio do DNA e durante muitos anos o mistério ficou esquecido.

Após testes forenses, cientistas revelaram que a teoria de Gaston Maspero estava correta. Unknown man E tinha traços genéticos que apontavam sua identidade para o Príncipe Pentewere. No final do reinado do faraó, Pentewere se envolvera com o assassinato de seu pai durante uma disputa sangrenta pela sucessão no trono, segundo constam documentos da época.

Ramsés III, que governara entre os anos 1188-1155 aC, era descrito como o “Grande Deus” e como um grande líder militar. Aos 65 anos, quando estava prestes a declarar quem seria seu sucessor, foi assassinado com um corte profundo na garganta. O papiro da Justiça de Turim é um dos únicos capaz de revelar a conspiração por traz da morte do faraó.

Segundo o documento, a segunda esposa de Ramsés III, Tiye, juntamente com seu filho, o Príncipe Pentewere, alguns criados, um sacerdote e um feiticeiro tramaram e cometeram o crime. Tiye e Pentewere tinham motivos suficientes para querer a morte de Ramsés III, visto que o faraó provavelmente nomearia como regente seu filho mais velho, fruto de seu casamento com a primeira esposa, Iset Ta-Hemdjert.


Porém, mais do que isso, Ramsés cometeu erros graves que deixaram brechas na sucessão. O faraó não nomeou os demais filhos como príncipes, nem nomeou uma de suas duas esposas, Iset Ta-Hemdjert e Tiye, como Grande Esposa Real. Apesar da falta de um nome oficial para a regência, naturalmente o filho mais velho tinha direito a assumir o trono. Sendo assim, Tiye e Pentewere tramaram o assassinato do faraó — um crime gravíssimo — e, com a ajuda de conspiradores, pretendiam afastar a primeira esposa e o filho mais velho do poder.

Após a descoberta da autoria do crime, todos foram condenados a uma morte impura e desonrosa. O corpo de Tiye jamais foi encontrado. Finalmente o mistério de 3 mil anos havia sido solucionado
(fonte: Grupo MK-ultra)

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